O que é a Leishmaniose e como ocorre sua transmissão?
A Leishmaniose visceral é uma doença infecciosa, causada por um parasita microscópico (protozoário) da espécie Leishmania infantum, que pode infectar os cães, gatos, raposas, roedores, além do homem, sendo considera uma importante zoonose. Opa, sinal de alerta pra gente!
A forma mais comum de transmissão desta doença é pela picada do mosquito flebótomo, o tal do mosquito-palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. A fêmea do mosquito pica um animal infectado, ingere o protozoário e então irá transmiti-lo para outros animais e/ou seres humanos na próxima picada.
No Brasil, a principal espécie de mosquito responsável pela transmissão é o Lutzomyia longipalpis.
Atualmente, sabe-se que o número de cães infectados na América Latina é estimado em milhões e há altas taxas de infecção, principalmente no Brasil onde até a década de 1990 os casos da doença eram registrados em todas as regiões brasileiras, com exceção da região sul. Porém, com a adaptação do mosquito aos ambientes urbanos, a Leishmaniose que era considerada uma doença de caráter rural, já atingiu os centros urbanos e todas as regiões do país.
Manifestações clínicas
Em relação aos sinais clínicos, a Leishmaniose visceral causa importantes alterações nos órgãos vitais, como baço, fígado e medula óssea, podendo levar o paciente a óbito. A maioria dos sinais clínicos descritos não é específica da doença e podem ser confundidos com os sintomas de outras patologias, dificultando muito o diagnóstico que deverá ser realizado por exames laboratoriais.
No cão, os principais sintomas descritos, são: perda de pelos; descamação e úlceras na pele (mais comuns nas regiões da orelha, cauda e focinho); emagrecimento; desânimo; anemia; paralisia de membros; lacrimejamento nos olhos; crescimento exagerado das unhas.
Vale lembrar que a maioria dos animais pode estar infectada, mesmo sem apresentar sintomas clínicos. Portanto, preste atenção aos sinais e sintomas que seu animal está manifestando. Apesar da Leishmaniose não ter cura, existe formas de tratamentos extremamente eficazes, que controlam a doença e garantem uma boa qualidade de vida ao animal. A prevenção é a melhor opção para combater esta doença.
O cão não é o vilão! É muito importante saber que não existe transmissão direta da leishmaniose de um cão infectado para o outro, de uma pessoa doente para outra ou de um cão infectado para uma pessoa e vice-versa. O cão é apenas o reservatório do parasita e a transmissão da doença dependerá sempre da presença do mosquito-palha, ou seja, podemos concluir que a principal medida para prevenir a Leishmaniose é o combate ao mosquito transmissor da doença.
Métodos de auxílio na prevenção da Leishmaniose
Como medidas de controle e prevenção da Leishmaniose, recomenda-se o uso de coleiras nos animais, que atuam repelindo e matando o mosquito-palha, este que já foi comprovado como o melhor método de controle e prevenção desta doença em cães. O animal que usa uma coleira específica para o controle da Leishmaniose terá menor probabilidade de adquirir ou transmitir a doença.
Além do encoleiramento dos animais associado à realização de um protocolo de vacinação contra a doença, a higiene é uma das melhores medidas de prevenção contra a Leishmaniose, para evitar a proliferação do mosquito-palha, que se reproduz em locais com matéria orgânica. Por isso é preciso manter a limpeza de quintais e outras áreas abertas, evitando sempre o acúmulo de lixo.
Outra medida principal no combate a proliferação da leishmaniose, é a castração. Uma vez que, quanto mais animais castrados, mais controle populacional de cães, e assim diminuímos a propagação do protozoário.
Importante: todas as medidas acima devem ser acompanhadas de consultas regulares ao veterinário. Somente este profissional está capacitado para identificar os sintomas e prescrever o tratamento recomendado para a doença.